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Mostrando postagens de novembro, 2015

ELA

Mais um aniversário. Nunca me imaginei como uma Balzaquiana, e nem de longe me sinto uma. Aliás, como deveria sentir-se uma mulher de 30 anos? Como deveria sentir-se uma mulher? Sei que ainda sou uma, mas é compreensível que eu não saiba o que pensar na atual situação que me encontro. Todos estão aqui: minha mãe, meu pai, Letícia, tia Carmen e tio Rubens. Depois de me cumprimentarem, trocarem aqueles olhares tristes e a minha mãe disfarçadamente enxugar a bendita lágrima, tiveram que encontrar um assunto para tornar aquela reunião o mais próxima de uma comemoração normal. Letícia contou que foi demitida do escritório de advocacia. Lembro que ela havia me contado que estava trabalhando em um prédio maravilhoso na Av. Paulista, e que tinha gastado uma pequena fortuna comprando roupas novas. Sei que ela conversava comigo de acordo com as orientações dos médicos, que diziam que eu ouvia e entendia tudo perfeitamente, mas nesse dia tive vontade de dizer: “Sério que você